SISMA/MT elabora Carta-Manifesto com as principais reivindicações dos trabalhadores da saúde pública
Dois importantes assuntos foram
debatidos pelos participantes do 1º Seminário – “Valorização do trabalhador e
desprecarização do trabalho: perspectivas atuais”. Além de várias discussões, o
seminário foi encerrado com elaboração de uma Carta-Manifesto é um resumo
estratégico sobre as necessidades dos profissionais, incluindo a saúde mental,
entre outras pautas importantes para a categoria.
A carta será enviada a todos
órgãos ligados ao setor da saúde pública nas três esferas - municípios estados
e União - como forma de documentar o que foi discutido e sugerido pelos
trabalhadores da saúde pública.
As atividades do último dia (14) começaram
animadas com a apresentação cultural do grupo de dança Lambadeiros de Elite, um
momento de descontração antes de iniciar as principais pautas finais. A questão
das privatizações que vem ocorrendo em todo o País, inclusive no setor da saúde
pública, ganhou destaque nas discussões.
O movimento da Frente Nacional
Contra a Privatização da Saúde foi explicado pelo presidente do Conselho
Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, que dividiu o assunto com a Drª Maria
Valéria Costa Correa. A apresentação impressa da entidade mostra que a Frente,
criada em 2010, se consolida como um potente instrumento de articulações das
lutas de resistência contra os processos de mercantilização e a privatização da
saúde. O Objetivo do movimento é a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), afirmando
que deve ser público, estatal, gratuito, universal, laico e popular. A intenção
é de provocar o comprometimento dos profissionais da saúde na luta contra a
privatização.
Também palestrou a assistente
social, Elaine Juger Palaez, do Conselho Nacional de Saúde, com o tema ‘O
protagonismo dos profissionais da saúde’, lembrando a dedicação nos dias de
maior aflição da população, o que torna necessário um estudo mais profundo
sobre as atividades desafiadoras dos trabalhadores desse setor que podem implicar
diretamente na sua vida pessoal, e que se faz necessária uma pesquisa que
revele o perfil dos trabalhadores.
O seminário do SISMA/MT se
encerrou com uma forte mensagem, manifestando a necessidade da participação de
representantes de outros sindicatos, como forma de fortalecimento dos
movimentos sindicais para assegurar os diretos do servidor público em geral.
Outras entidades também se fizeram presentes, como a Associação de Portadores
de Doenças Raras, revelando que Mato Grosso é o único estado brasileiro que não
oferta um ambulatório para atendimento a pacientes com esta especificidade, e
que hoje conta com a ajuda do SISMA/MT.
Ao final desse evento uma junta
de profissionais redigiu a Carta-Manifesto dos Trabalhadores do SUS, filiados
ao SISMA/MT. O documento afiança publicamente a importância da Luta em defesa
do SUS, como política pública de Estado do Brasil. Também ressalta o risco da
investida do capital especulativo, em busca do Estado mínimo. Convida ainda a
fazer a reflexão sobre ‘a prática da precarização do trabalho que carrega
consigo o assédio o absenteísmo’.
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