Seminário do SISMA/MT discute novas estratégias de luta pelo direito do Servidor Público da Saúde
Debates, exposição de motivos e várias
outras contribuições marcaram o segundo dia de discussões do 1º Seminário – “Valorização do
trabalhador e desprecarização do trabalho: perspectivas atuais”. As primeiras
intervenções foram em torno da saúde mental do trabalhador da saúde, tendo como
ponto central as condições de trabalho e tratamento humanizado. O deputado
Carlos Avalone, presidente da Comissão de Saúde Mental da Assembleia
Legislativa de Mato Grosso, mostrou os avanços, mas também o travamento de ações
em favor do servidor público, principalmente depois da pandemia da Covid-19,
quando todos enfrentaram situações extremas de estresse, “assunto que deve
estar o tempo todo em pauta para ampliar e atender ao servidor público”, disse
Avalone.
Ainda nesse quesito, foi discutida a
falta de concurso público para cobrir as vagas no setor da saúde mental. Foi
ressaltado que o número de 400 vagas abertas pelo governo estadual não atende
os municípios, pois só na Capital existe um déficit de 300 vagas. De pouco vai
adiantar o edital, já que Mato Grosso está há 22 anos sem concurso para a saúde
pública e o processo seletivo anunciado pelo governo estadual não atende às
reais necessidades do SUS no Estado.
Outro importante momento foi a
discussão em torno da estratégia de mobilização da categoria e a luta pela
preservação e busca de direitos fundamentais para a boa prestação de serviço à
sociedade.
A primeira secretária do SISMA/MT,
Tatiana Refosco, explica que atualmente é “preciso discutir e traçar
estratégias alinhadas com o novo sindicalismo. As paralisações não são mais a
ferramenta mais eficaz em defesa da categoria, principalmente no ambiente em
que a maioria dos trabalhadores é contratada”, alertou. Os debates também tiveram o objetivo de
discutir uma Mesa de Negociação na administração pública: um direito a ser
respeitado.
O movimento feito pela diretoria do
SISMA/MT tem demonstrado que a busca por apoio no legislativo e no próprio
governo estadual permitiu o avanço de pautas de grande interesse da classe, “sempre
ressaltado que estes apoios não significam partidarismo político, mostrando a
pluralidade de seus apoiadores”, concluiu Tatiana Refosco.
Esse segundo dia (13) foi encerrado
com um noite diferente: Um sarau com roda samba na sede do SISMA/MT.
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